quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sungha Jung - Hit The Road Jack

Decorem este nome. Senhoras e senhores apresento-vos o que para mim poderá ser um talento a seguir e quem sabe venerar daqui a uns tempos se não for já. Tinha apenas 10 anos quando fez o seu primeiro video, e agora deve andar a rondar os 12 ou menos. Sungha Jung é de facto viciante, este puto consegue pôr-me a ouvir apenas o som da sua viola. Com composição de outros senhores que sabem o que fazem, este japonês demonstra uma qualidade inata para isto... E cria em mim o sentimento da inveja e creio que o também irá fazer com vocês. Fiquem com ele:

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Noites na Aula Magna

Duas noites, dois grandes concertos. A Aula Magna transformou-se numa autêntica sala de celebração de rock dia 31 de Janeiro e dia 5 de Fevereiro.


Dia 31, os Wraygunn encerraram a digressão de Shangri-La com um espectáculo que ficará na memória dos que lá estiveram. Espectaculares do início ao fim, com um Paulo Furtado ao estilo que que já nos habituou. Cadeiras a saltar (uma delas atirada para o palco pelo próprio Furtado), moches perto do palco, e um público do anfiteatro que, acedendo ao pedido do vocalista, saltou a divisória do recinto e correu em direcção aos doutorais, ficando o mais perto possível do palco (foi o que eu fiz, pelo menos...). Concerto enorme, com vários momentos absolutamente incríveis. De destacar ainda a espectacular participação de Sean Riley, que tocou com a banda a brilhante Lights Out (a melhor faixa de Farewell, primeiro e óptimo álbum da banda) e uma grandiosa cover de God's Gonna Cut You Down, de Johnny Cash.

Um concerto verdadeiramente espectacular.



Dia 5 de Fevereiro, os Mogwai abalaram a reitoria da UL. Quem conhece o som da inovadora banda sabia o que esperar, e de facto teve o que esperava: ambientes e emoções à flor da pele em momentos que alternaram entre a beleza na sua mais pura forma e a explosão sonora na sua forma mais agressiva. Uma Aula Magna completamente apinhada, com inúmeras pessoas de pé para ver a banda, num espectáculo exemplar do início ao fim, tecnicamente notável pela execução musical e pelos espectaculares efeitos de iluminação. Impossível não sentir as emoções evocadas por músicas como I'm Jim Morrison I'm Dead, ou não saltar na cadeira e tremer perante o poder musical de explosões como Like Herod (que, diga-se de passagem, quase me levou ao enfarte). Concerto notável, memorável e único. Como a própria banda que o fez, diga-se.

Nota ainda para a simpatia da banda em si, com quem tive o enorme prazer de falar no soundcheck numa óptima conversa reveladora de uma humildade e acessibilidade que poderia não ser de esperar de uma banda desta dimensão. Pedi a Stuart Braithwaite que no final me arranjasse uma cópia da setlist. Disse que não havia problema, que no final do concerto se lembrava e ficava à minha espera no palco com uma cópia. Assegurou-me que se lembraria. Não esperava que se lembrasse mesmo. Mas lembrou. É de louvar.

O ano pode ter começado há pouco mais de dois meses, mas dois grandes concertos já tivemos pelo menos.

Fotos de Wraygunn de Pedro Polónio, fotos de Mogwai de Nuno Nunes. Lamento, mas os meus dotes de fotógrafo são... inexistentes.